Coordenado pelo professor Mauro Luciano Baesso, o Instituto Nacional de Pesquisa e Inovação em Imagem Fototérmica – INPIIF teve aprovação do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT), vinculado ao CNPq com a terceira maior nota entre os selecionados, ficando com a 10ª posição geral na 46ª chamada de 2024. Ao todo, 653 projetos do Brasil concorreram e 121 foram aprovados.
O projeto engloba 91 pesquisadores de 18 instituições brasileiras e outros 25 de instituições internacionais, classificadas entre as melhores do mundo. Além disso, 61 estudantes participam do projeto. O objetivo é desenvolver novas tecnologias de imagem para a aplicação prática e não invasiva via laser na detecção precoce de câncer e outras doenças. O trabalho receberá R$ 15 milhões para a viabilização, que serão destinados a compra de equipamentos, pagamento de bolsas, viagens, dentre outras despesas.
Segundo o professor Baesso, o projeto vem sendo desenvolvido há 30 anos e os métodos de montagem tiveram origem em publicações realizadas pela UEM ainda em 2007. “O objetivo, a longo prazo, é que essas técnicas sejam desenvolvidas e aprimoradas para que possam ser empregadas no diagnóstico clínico e possam se transformar em equipamentos transferidos para a sociedade. Então, o projeto engloba métodos sofisticados de detecção que não existem atualmente; a ideia é auxiliar nos processos diagnósticos.” O professor ainda destaca que o projeto é focado em imagens geradas via laser não invasivo que identificam e diferenciam cânceres e tumores malignos rapidamente; além disso, possui aplicações em doenças infecciosas e até na detecção de fungos, vírus e bactérias, na área de alimentos. Na UEM, contempla pesquisadores de diversas áreas, como biologia, farmácia, odontologia, medicina, química e engenharias.
Pela primeira vez na história, a Universidade Estadual de Maringá (UEM) foi contemplada com a aprovação de um INCT, vinculado ao CNPq.